O que é uma criança mal-educada?

O episódio que viralizou na internet da mãe exigindo para seu filho um assento no avião abre a possibilidade para a discussão de um tema importante.


Vejo muitas vezes vídeos, em sua maioria postados por mães de crianças com transtornos específicos, que mostram algumas atitudes equivocadas de adultos que, por não compreenderem as especificidades de muitos transtornos, agem de maneira inadequada. Como não sabem quais comportamentos podem ser exibidos por tais crianças falam ou fazem coisas despropositadas. Nestes casos, tais vídeos se prestam à psicoeducação e, por isso são muito relevantes.


Entretanto, é fundamental entender que sim! Muitas vezes as crianças estão exibindo comportamentos que vêm de uma má educação e não de um transtorno (ainda que se trate de crianças que possuam transtornos!)


Então, o que é uma criança mal-educada?

Em seu sentido mais estrito é aquela que não recebe educação, isso por si só já implica os pais. O processo educativo se destina a promover o desenvolvimento integral do indivíduo, em seu aspecto intelectual, social, moral emocional e cultural com o objetivo que seu filho se torne um cidadão crítico consciente e que possa contribuir com a sociedade.

Sendo assim, os pais têm o dever de transmitir conhecimento, valores e desenvolver habilidades. E este é o ponto em que quero chegar…
Uma habilidade fundamental é a autorregulação emocional. Ensinar a autorregulação emocional às crianças, ressaltando mais uma vez, que falo de crianças com ou sem transtornos específicos, é essencial para o seu desenvolvimento emocional, social e cognitivo, e ela envolve a capacidade de compreender, controlar e ajustar as próprias emoções de maneira saudável e adaptativa.

O comportamento dos pais e seu papel

Os pais devem ensinar a seus filhos qual comportamento ele deve apresentar quando em sociedade, coisas muito básicas como limites entre o que é de direito do outro e o que é do seu, regras de conduta em todas as situações, inclusive naquelas nas quais pode estar sendo lesado, e aprender a controlar impulsos emocionais. Este último inclusive, ajuda as crianças a se relacionarem melhor com os outros, promovendo empatia, cooperação e resolução de conflitos.

Crianças que conseguem regular suas emoções são menos propensas a ter explosões de raiva, agressividade ou comportamentos desafiadores.
Os adultos, aqui representados pelos pais, devem não apenas saber, mas também devem demonstrar à criança como lidam com suas próprias emoções de forma saudável.

Não é errado nem proibido sentir nada! Agora… como eu devo lidar com o que sinto frente à uma impossibilidade, que comportamento é o apropriado nestas situações para que eu não fira o direito de outras pessoas é fundamental que seja aprendido! Porque afinal, todos nós somos fofos, lindos e extremamente importantes para nossas mamães!

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